sábado, 2 de abril de 2011

sonhos


Ah, como eu queria saber dizer aquelas palavras que penso em escrever e cantar as palavras que nunca foram ditas, reinventar e inventar só pra depois desfazer e dizer que em meu lugar não havia nada a não ser sonhos vulgares.

Convencer você sem dizer um único a, e saber que tudo imaginável é criável e construído, mundinho de sonhos. Sonhos que são sonhados por um sonhador que sonha com a realidade em seu sono ao som de um soneto ou um ventilador.

Vários acordes acordam o sonhador, que sonha acordado com a possibilidade dos seus sonhos tornarem-se realidade, e soa estranho quando diz que é real que o real não cabe mais em seu trono.

Ah, mas como eu queria ler sonho ao invés de trono, mas o sonhador é quem sonha. Insano é querer mudar o que está escrito e o que nunca for dito fica também no mundo do não escrito, não é nada além de estranho
  
Sem lugar e sem dono, sem destino e sem sono, sonha o sonhador, sonha com seu trono. Sonha sem saber que no sonho se vive sem saber o que é vida, como vive em seus sonhos, sonha com a vida, vida dos seus sonhos, e sonha o sonhador com seus desenganos.  

Sonhador que sabe o que quer, sonha. Sonhos são como vontades e desejos desregulados, são verdades destorcidas e incontroladas. Sonhos que sonham o sonhador são sonhos indomados, sonhos às vezes medonhos, são como sonhos que sonhamos dentro de nós. São somente sonhos.

Certos sonhos ardem o peito, disparam o coração do sonhador que sonha seguro de que seus sonhos são como nuvens por onde passam os aviões, são como os faróis e sirenes que passam longe e atormentam o ladrão e o sonhador que sonha com a historia que nunca foi escrita mas que sempre existiu além de sonhos.

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