quarta-feira, 8 de junho de 2011

França proíbe menções ao Facebook e ao Twitter na televisão e na rádio

Acabaram-se os “Siga-nos no Twitter” ou os “Torne-se amigo deste programa no Facebook”. O Conselho Superior do Audiovisual francês proibiu quaisquer referências a estas redes sociais nos programas televisivos e radiofónicos, uma decisão que está a ser ridicularizada por muitos analistas.
Os jornalistas franceses terão agora que arranjar formas mais inventivas de apelar à consulta dos sites em questãoOs jornalistas franceses terão agora que arranjar formas mais inventivas de apelar à consulta dos sites em questão (Mario Anzuoni/Reuters)
A regra é lapidar: A menos que a notícia seja literalmente sobre o Facebook ou o Twitter, deixará de haver menção à rede social e ao site de microblogging no ar.

De acordo com as novas ordens do Conselho Superior do Audiovisual (CSA), os jornalistas franceses estão proibidos de terminar os seus programas apelando aos seus telespectadores e ouvintes que sigam as novidades através da Internet nestes sites em específico.

O CSA - a autoridade máxima do audiovisual francês - alega que a referência aos sites é publicidade gratuita àquelas empresas americanas e apoia-se num decreto de 1992 que proíbe a publicidade subliminar.

Christine Kelly, porta-voz do CSA, indicou ao “The Guardian”: “Porquê dar preferência ao Facebook, que vale milhares de milhões de dólares, quando há outras redes sociais a lutar por ganhar reconhecimento. Isto seria uma distorção da competitividade. Se deixarmos que o Facebook e o Twitter sejam citados no ar, estaremos a abrir uma Caixa de Pandora. Outras redes sociais irão queixar-se, dizendo ‘Porque não nós?’”.

Os jornalistas franceses terão agora que arranjar formas mais inventivas de apelar à consulta dos sites em questão. Uma possibilidade poderá ser “Siga-nos nas redes sociais”.

No seguimento desta decisão, inúmeros bloggers e sites especializados em tecnologia - europeus e americanos - têm criticado e ridicularizado esta medida.

O site americano TechCrunch, por exemplo, descreve a decisão como “extremamente absurda”, ao passo que John Johnson, que escreve para o site Newser, descreveu a medida como “a regra bizarra da semana”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário